Líder carismático e com ideias revolucionárias de inspiração socialista, Samora Machel dirigiu o país desde a independência e passando pelo início da guerra dos 16 anos (1976-1992), entre o governo de Moçambique (Frelimo) e a Renamo (com apoio da Rodésia do Sul e da África do Sul). Em 1984 assinou o acordo de Nkomati com a África do Sul, com objectivo de manter a boa vizinhança e pôr fim imediato à guerra civil. Com o colapso da economia nacional (devido a guerra civil, secas, infra-estruturas destruídas, e baixa produtividade), em 1985, Samora inicia uma digressão pelo Ocidente, em busca de assistência financeira para o país, lançando as bases para a liberalização da economia do país.
Samora Machel não conseguiu ver realizados os seus propósitos. Em 19 de Outubro de 1986, quando se encontrava de regresso de uma reunião internacional em Lusaka, a aeronave Tupolev 134A em que seguia, se despenhou em Mbuzini. Apesar de ser considerado herói nacional, parte das políticas sociais que implementou após a independência, sofreram enormes contestações no seio da sociedade urbana e rural de Moçambique. Como qualquer grande figura histórica, Samora Machel é um líder contestado. Contudo, essa contestação sobre o seu papel histórico mostra em grande parte a sua posição entre os Moçambicanos como um dos marcadores mais fortes de unidade nacional no país.
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