Domingos Arouca – Curta Biografia CEPCB

Domingos António Mascarenhas Arouca, nasceu em Salela, província de Inhambane a 7 de julho de 1928, e perdeu a vida na sua residência em Maputo a 3 de janeiro de 2009, aos 80 anos. Em 1949, ganhou um prêmio na loteria da Rodésia, que lhe permitiu custear os próprios estudos em Portugal onde concluiu o liceu e cursou a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, formando-se em 1960, tornando-se assim no primeiro advogado negro de Moçambique. No período colonial, foi militante da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) em Lourenço Marques, tendo coordenado na clandestinidade as suas actividades. Por outro lado, o Centro Associativo dos Negros de Moçambique que dirigia, era considerado um bastião simpatizante da Frelimo no sul de Moçambique. Foi devido à sua militância que, a 29 de maio, foi preso pela PIDE, acusado de pertencer e trabalhar para a Frelimo. Passou oito anos na prisão (1965-1973).

Para além da militância na Frelimo, no período da guerra civil (1976-1992), entre a Frelimo e a Renamo, após a morte de Samora Machel, foi convidado por Joaquim Chissano, a dar a sua contribuição para a nova Constituição, instrumento fundamental que permitiu a assinatura dos Acordos de Paz em 1992. Foi membro fundador da Ordem dos Advogados de Moçambique e do Conselho Superior da Magistratura Judicial.

A exclusão de um quadro nacionalista e intelectual como Domingas Arouca do processo oficial de construção do Estado nos faz reflectir sobre até que ponto os problemas que enfermam Moçambique estão ligados à fala de quadros técnicos ou estão ligados ao requisito de que a ideologia e a orientação partidária é que determnam o valor do indivíduo.

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